Prêt-à-Porter é um termo em francês que significa pronto pra levar, para usar ou consumir. Apesar de ser muito usado na área de moda, ele também se aplica muito bem se quisermos definir acesso fácil e rápido. Pensando na relação entre mídia e a sociedade, abordaremos o tema consumo sob influência dos meios de massa, partindo do pressuposto de que ninguém nasce consumista, e da indagação sobre como e onde aprendemos a sê-lo.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Vi na Televisão e quero também!!!
sexta-feira, 25 de março de 2011
Influência dos Meios de Comunicação x Oneomania.
Um dos meios mais influenciadores é a TV, pois é o veículo de comunicação social mais acessível, mais presente, assumindo um importante papel na vida cotidiana. A TV, nesse estágio está acessível a milhares de pessoas ao mesmo tempo, e forma multiplicadores de sua realidade ideologicamente montada envolvendo assim, todo o corpo social. É evidente a maneira que a televisão tem alargado sua influência em quase todas as partes do mundo. Ela é tão atuante na vida familiar que tem sido considerada um membro permanente. A publicidade sempre nos mostra modelos perfeitos de ser, de vida ideal e que o expectador pode adquirir, desde que compre determinado produto. A publicidade na mídia atua de tal forma que vende o “produto”, mas para garantir o Ibope, entreter e fidelizar o público, vende também idéias, valores e conceitos. Muitos são os motivos que levam uma pessoa a comprar: a necessidade, a diversão, os modismos, a importância, o status e o apelo mercadológico do comércio. Mas há quem consuma pelo simples prazer de comprar, de adquirir alguma coisa independente da sua utilidade ou significado. No entanto, quando o dinheiro é sinônimo de felicidade e a falta dele se traduz em desamparo e falta de amor, a vida fica realmente trágica.
A pessoa que tem o desejo descontrolado pelo consumo tem uma doença chamada de Oneomania, ou seja, Oneomania é o consumo compulsivo, o desejo incontrolável de gastar.
O ato de comprar indiscriminadamente é uma doença que atinge as pessoas caracterizadas como compradoras compulsivas. A Oneomania se manifesta para aliviar sentimentos de grande frustração, vazio e depressão. È um desejo de possuir que fica reprimido e ao não conseguir dar vazão ao seu desejo, a pessoa sofre uma enorme pressão interna que a leva à necessidade de possuir coisas novas como única forma de prazer.
No entanto, para não nos tornarmos compradores compulsivos tornam-se necessário que sejamos pessoas críticas e não nos deixemos influenciar por tudo aquilo que vemos. Reconhecendo a importância dos meios de comunicação como parte de nossa evolução pessoal, entretanto não podemos estar sempre predispostos a eles. Devemos possuir nossa própria autonomia, nossa própria identidade.
Teste:
Como saber se você é um comprador compulsivo.
Não resiste ao impulso de comprar?
Gasta mais que o planejado e se prejudica financeiramente?
Impede ou prejudica seus planos de vida e das pessoas à sua volta?
Precisa efetuar a compra de qualquer forma, independente do produto comprado?
Percebe que está comprando coisas que não usa ou usa pouco?
Assume dívidas acima de cinco vezes o valor de sua renda mensal?
Se a maioria de suas respostas foi SIM, você apresenta sintomas da doença. (Fonte: Teste desenvolvido por coordenadores do Ambulatório de Jogos Patológicos e Outros Tratamentos do Impulso (AMJO) do Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas de São Paulo.)
Publicidade nos meios de massa
“Diz-me o que consomes e te direi quem és?”
Na sociedade tradicional o homem nascia predestinado a ser e viver da forma imposta por ela. Com a perda da tradição o homem passa a nascer "sem qualidades", construindo-as no decorrer da vida. A liberdade de escolha coloca o homem moderno em condição de incertezas, sofrendo constantemente reinícios, seus desejos mudam antes que se consolidem.
O consumo exagerado é retrato disso, deseja-se sempre o novo e diariamente surgem produtos novos no mercado, com isso o ontem vira lixo dando lugar para o hoje que amanhã já não servirá.
Em propagandas de produtos tecnológicos vemos uma corrida constante, essa corrida caracteriza a modernidade, pois as tecnologias se atualizam tão rapidamente que o indivíduo que não acompanhá-las acaba por ficar à margem da sociedade. É visível também uma supervalorização do presente e da felicidade em comerciais televisivos, outra característica de nossa sociedade.
O homem moderno não adquire um objeto pelo seu valor utilitário e sim pelo valor simbólico agregado a ele, o objeto faz referência aquilo que o consumidor quer ser, um vazio que existe nele. O consumo é algo idealista, compra-se o que o produto representa, e não apenas um produto. E assim, escolhendo seus referênciais o homem "constrói uma identidade" desejada pra si.