segunda-feira, 28 de março de 2011

Vi na Televisão e quero também!!!


Você já parou para pensar nas coisas que você comprou, ou quis comprar, porque viu em algum programa de televisão? Pode ser um simples utensílio de cozinha ou a roupa inteira da personagem da novela das nove. Sempre queremos algo que nos é mostrado e que quase sempre nem existe em nosso universo. Você jamais imaginaria que aquela bolsa de paetês, super extravagante, seria um item super cogitado nas revistas de moda, e embora ela não tenha nada a ver com seu estilo você quer uma porque viu na televisão.

Tudo bem, você pode não ser TÃO afetada pela mídia assim, mais de alguma forma você é. "Ouvi em um programa de rádio que "tal remédio" é ótimo para os ossos. Vou perguntar ao meu médico." Isso é uma das milhares de frases que escutamos diariamente. "Vi na novela", "a Ana Maria Braga mostrou", "li no jornal", tudo que aprendemos e conhecemos passa pelos meios de comunicações para chegar até nós.

A moda das saias colegiais trazida pela personagem da Débora Seco na novela Celebridade, as meias de lurex de Dancin' Days, tudo foi trazido ao público graças a grande exposição feita pelas mídias e pela exploração comercial desses produtos.

Os veículos de comunicação servem para informar, divertir, formar opiniões, e é isso o que é feito. Mais será que não somos manipulados por esses meios? Será que pensamos de certa maneira porque escolhemos assim ou porque fomos levados a pensar assim?

Diversas questões são levantadas quando se trata do por que das coisas, mas se não fosse assim não seríamos seres humanos. É inerente a nós os questionamentos.


" O objetivo da argumentação, ou da discurssão, não deve ser a vitória, mas o progresso." (Joseph Joubert)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Influência dos Meios de Comunicação x Oneomania.

Os meios de comunicação influenciam bastante em nossas vidas, pois vivemos em um mundo cuja globalização atingiu tal ponto que são poucas as comunidades que não tem acesso a algum meio de comunicação. O momento atual tem sido chamado de era das comunicações, já que o avanço tecnológico e o crescimento do acesso aos veículos de comunicação trouxeram inúmeras implicações para o ser social.
Um dos meios mais influenciadores é a TV, pois é o veículo de comunicação social mais acessível, mais presente, assumindo um importante papel na vida cotidiana. A TV, nesse estágio está acessível a milhares de pessoas ao mesmo tempo, e forma multiplicadores de sua realidade ideologicamente montada envolvendo assim, todo o corpo social. É evidente a maneira que a televisão tem alargado sua influência em quase todas as partes do mundo. Ela é tão atuante na vida familiar que tem sido considerada um membro permanente. A publicidade sempre nos mostra modelos perfeitos de ser, de vida ideal e que o expectador pode adquirir, desde que compre determinado produto. A publicidade na mídia atua de tal forma que vende o “produto”, mas para garantir o Ibope, entreter e fidelizar o público, vende também idéias, valores e conceitos. Muitos são os motivos que levam uma pessoa a comprar: a necessidade, a diversão, os modismos, a importância, o status e o apelo mercadológico do comércio. Mas há quem consuma pelo simples prazer de comprar, de adquirir alguma coisa independente da sua utilidade ou significado. No entanto, quando o dinheiro é sinônimo de felicidade e a falta dele se traduz em desamparo e falta de amor, a vida fica realmente trágica.
A pessoa que tem o desejo descontrolado pelo consumo tem uma doença chamada de Oneomania, ou seja, Oneomania é o consumo compulsivo, o desejo incontrolável de gastar.
O ato de comprar indiscriminadamente é uma doença que atinge as pessoas caracterizadas como compradoras compulsivas. A Oneomania se manifesta para aliviar sentimentos de grande frustração, vazio e depressão. È um desejo de possuir que fica reprimido e ao não conseguir dar vazão ao seu desejo, a pessoa sofre uma enorme pressão interna que a leva à necessidade de possuir coisas novas como única forma de prazer.
No entanto, para não nos tornarmos compradores compulsivos tornam-se necessário que sejamos pessoas críticas e não nos deixemos influenciar por tudo aquilo que vemos. Reconhecendo a importância dos meios de comunicação como parte de nossa evolução pessoal, entretanto não podemos estar sempre predispostos a eles. Devemos possuir nossa própria autonomia, nossa própria identidade.

Teste:
Como saber se você é um comprador compulsivo.

Não resiste ao impulso de comprar?
Gasta mais que o planejado e se prejudica financeiramente?
Impede ou prejudica seus planos de vida e das pessoas à sua volta?
Precisa efetuar a compra de qualquer forma, independente do produto comprado?
Percebe que está comprando coisas que não usa ou usa pouco?
Assume dívidas acima de cinco vezes o valor de sua renda mensal?
Se a maioria de suas respostas foi SIM, você apresenta sintomas da doença. (Fonte: Teste desenvolvido por coordenadores do Ambulatório de Jogos Patológicos e Outros Tratamentos do Impulso (AMJO) do Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas de São Paulo.)

Publicidade nos meios de massa

Os meios de massa quando relacionados à indústria cultural são usados para promover gostos por produtos de consumo e atrair o maior grupo de consumidores para estes produtos. Prova disso é que a publicidade vêm desenvolvendo os métodos mais geniais possíveis para introduzir sua mensagens na vida das pessoas.
Os programas de televisão bem com as propagandas publicitárias exercem um poder de influência muito forte sobre seus espectadores. A mídia nas últimas décadas revelou-se uma importante formadora de opinião e como consequência disso, principal influenciadora das condutas do cidadão consumidor.

“Diz-me o que consomes e te direi quem és?”

Na sociedade tradicional o homem nascia predestinado a ser e viver da forma imposta por ela. Com a perda da tradição o homem passa a nascer "sem qualidades", construindo-as no decorrer da vida. A liberdade de escolha coloca o homem moderno em condição de incertezas, sofrendo constantemente reinícios, seus desejos mudam antes que se consolidem.

O consumo exagerado é retrato disso, deseja-se sempre o novo e diariamente surgem produtos novos no mercado, com isso o ontem vira lixo dando lugar para o hoje que amanhã já não servirá.

Em propagandas de produtos tecnológicos vemos uma corrida constante, essa corrida caracteriza a modernidade, pois as tecnologias se atualizam tão rapidamente que o indivíduo que não acompanhá-las acaba por ficar à margem da sociedade. É visível também uma supervalorização do presente e da felicidade em comerciais televisivos, outra característica de nossa sociedade.

O homem moderno não adquire um objeto pelo seu valor utilitário e sim pelo valor simbólico agregado a ele, o objeto faz referência aquilo que o consumidor quer ser, um vazio que existe nele. O consumo é algo idealista, compra-se o que o produto representa, e não apenas um produto. E assim, escolhendo seus referênciais o homem "constrói uma identidade" desejada pra si.



Primavera-Verão ou Outono-Inverno?

Todos os anos o mundo da Moda se divide em dois: A coleção Primavera-Verão e a coleção Outono-Inverno. Essa divisão acontece devido a fatores climáticos que determinam o grau de proteção as intempéries climáticas que nossos corpos precisam. Na coleção Primavera-Verão lançanda sempre entre março e abril as roupas são mais leves, descontraídas e próprias para o clima mais quente e alegre. Já Outono-Inverno são coleções de tecidos mais pesados com temas mais sóbrios que devem nos proteger do frio e isolar nosso corpo. Agora, até onde esses fatores climáticos realmente influenciam na decisão de compra do consumidor? Num país de clima predominantemente quente como o Brasil, por que teríamos moda Outono-Inverno em regiões como o Nordeste se não temos essas condições climáticas? Podemos atribuir esse fato a dois fatores: globalização e publicidade. As grandes marcas vem do berço da moda: A Europa. Como lá nos temos as quatros estações do ano bem definidas faz sentido termos as duas coleções e o Brasil e demais países do mundo se inspiram no modelo europeu para fazer o seu dia-a-dia da moda. As propagandas das grandes marcas inspiram o desejo de compra de artigos que jamais usaremos em nosso cotidiano mas, a propagando não diz respeito a necessidade e sim ao desejo. O desejo de compra do consumidor inspirado pelo modelo europeu ainda diz que ele deve desejar uma jaqueta de couro, mesmo que sua cidade esteja em constante clima de veraneio com uma média de temperatura de 28º. Isso é desejo, uma vontade que não precisa de razão.